2006-03-31
2006-03-27
2006-03-25
2006-03-21
Crónica de uma atrocidade anunciada, em tom de desilusão
Esta crónica é sobre o "Dia Mundial da Àrvore" e o "Dia Mundial da Floresta", que hoje se comemoram. É escrita em tom de desilusão enlutada, por motivos óbvios.
Imagine o caro leitor, ou leitora, que na terra onde vive existe um enorme quintal de uma antiga fábrica há muito abandonada, que se situa na malha urbana da própria cidade. (*)
Imagine que nesse espaço existem duas árvores de grande porte. Árvores centenárias, a julgar pela largura do seu tronco. E que são, ao que se sabe, as maiores do concelho. Uma delas são precisas quatro pessoas para a abraçar e a outra três pessoas. Cada uma com uma altura de muitos, muitos metros, não se sabe bem quantos. Talvez uns vinte. Adiante.
Imagine agora que foi decidido aproveitar todo aquele espaço para construir vários blocos de apartamentos, actualmente já habitados. E entre as duas enormes árvores construiu-se um pequeno espaço de brincadeiras para crianças, com um escorrega e dois brinquedos com molas presos ao chão. Havia alguns outros sítios para colocar esse parque, mas alguém decidiu que tinha de ser ali, debaixo daquelas árvores. Quanto aos blocos de apartamentos, um deles foi construído muito perto de uma dessas árvores. Tudo devidamente aprovado e licenciado.
Imagine ainda que num belo dia, ambas as árvores aparecem decepadas como as fotos demonstram. Uma autêntica "limpeza". Costuma haver sempre uma “boa desculpa” para estas atrocidades. Desta vez, como não podia deixar de ser, há também algumas razões invocadas: que as folhas das árvores entupiam os algerozes e, pior ainda, segundo dizem, em dias de vento as crianças não podiam ir brincar no parque porque caiam pequenos troncos das árvores. Bem, sobre estas razões apresentadas não vale a pena falar. São óbvias.
Mas imagine, só mais esta vez, que o caro leitor que se interessa em saber se não era já previsível, antes de planeadas aquelas construções, que as árvores se comportassem exactamente como vem acontecendo desde que existem árvores. Ou seja, que as suas folhas caiam. E que, em dias de vento, acontece o mesmo com os seus ramos mais fracos. Ora tudo isto, pensará o leitor, e muito bem, faria prever que haveria vantagens em que aquelas edificações tivessem sido programadas para um local mais afastado. Mas não foi isso que aconteceu. Infelizmente.
Nesta fase, já não valerá a pena estar a imaginar mais coisa nenhuma, nem sequer enfurecer-se com estas barbaridades avulsas, porque não ganha nada com isso. Estava à espera de quê? Que houvesse bom senso por parte de quem decidiu colocar um parque infantil mesmo por debaixo daquelas árvores centenárias, mesmo sabendo que elas não iriam alterar o seu comportamento normal? Ou de quem construiu quase em cima das mesmas árvores, esquecendo-se (será este o termo correcto?) de que os algerozes, quando desprotegidos de sistemas apropriados, não convivem bem com a queda das folhas? Ou que houvesse bom senso por parte de quem produziu aquelas aberrações, aquele corte nas árvores? Árvores essas que são, no meio desta triste crónica, quem menos culpa tem?
Ora se o leitor estava à espera de outras atitudes de maior bom senso por parte dos responsáveis por esta horrível atitude, estava certamente a pedir demais! Agora um pequeno desafio, aliás, não é bem um desafio, é mais um jogo de adivinha: onde é que pensa que tudo isto aconteceu? Humm ... difícil, muito difícil, não é?
(*) este assunto foi tratado pela primeira vez no blogue "GeraçãoVN", do amigo Marketeer.
2006-03-18
Destaque da quinzena
Este blogue é "Destaque da quinzena" no Monsaraz, do amigo António Caeiro.
Trata-se de um excelente blogue, que retrata muito bem aquela vila alentejana. Sinceros agradecimentos pelo destaque.
Aproveito também para agradecer a todos os visitantes que por aqui têm passado, ao longo dos últimos 10 meses, nos quais já foram publicadas nada mais nada menos que 155 fotografias, sendo 123 sobre Vendas Novas e 32 fotografias de outros locais no Alentejo.
Trata-se de um excelente blogue, que retrata muito bem aquela vila alentejana. Sinceros agradecimentos pelo destaque.
Aproveito também para agradecer a todos os visitantes que por aqui têm passado, ao longo dos últimos 10 meses, nos quais já foram publicadas nada mais nada menos que 155 fotografias, sendo 123 sobre Vendas Novas e 32 fotografias de outros locais no Alentejo.
Moinho de Vento, em Vendas Novas.
Trata-se de um antigo moinho de vento, situado na Avª 25 de Abril, junto ao Parque Escolar (Escolas EB2,3 e Secundária), na zona do Pavilhão Polidesportivo e das Piscinas Municipais.
Foi recentemente objecto de requalificação e transformado em Posto de Turismo. Está aberto ao público apenas durante a semana, na parte da tarde. No piso superior, tem um espaço que está a ser aproveitado para exposições. Actualmente, tem à disposição um conjunto de obras de um fotógrafo nosso conterrâneo, pelo que aconselho vivamente uma visita aquele espaço.
Foi recentemente objecto de requalificação e transformado em Posto de Turismo. Está aberto ao público apenas durante a semana, na parte da tarde. No piso superior, tem um espaço que está a ser aproveitado para exposições. Actualmente, tem à disposição um conjunto de obras de um fotógrafo nosso conterrâneo, pelo que aconselho vivamente uma visita aquele espaço.