2006-10-31
2006-10-30
2006-10-29
2006-10-28
2006-10-27
O regresso das nossas cegonhas
.
Hoje pela manhã, Vendas Novas acordou cheia de sol, ao contrário dos últimos dias, de vento e chuva. Em alguns dos ninhos de cegonha que têm estado vazios aqui na cidade, esta manhã já lá estavam os seus (novos) habitantes.
Ao que parece, as nossas cegonhas iniciaram mesmo o seu regresso. Pela minha parte, gosto de as ver voltar, ano após ano. Curioso é o facto de aquelas que no Verão decidem partir, estarem a regressar cada vez mais cedo. O ano passado vieram em Novembro ....
Ao que parece, as nossas cegonhas iniciaram mesmo o seu regresso. Pela minha parte, gosto de as ver voltar, ano após ano. Curioso é o facto de aquelas que no Verão decidem partir, estarem a regressar cada vez mais cedo. O ano passado vieram em Novembro ....
2006-10-21
2006-10-19
2006-10-12
Preocupem-se, se fazem favor!
.
Continuo a não gostar, quando olho para esta torre da igreja, aqui mesmo no centro da cidade de Vendas Novas.
A questão é que ao longo dos anos me habituei a disfrutar do Ninho de Cegonha que ali estava até alguém ter decidido derrubá-lo no passado mês de Agosto. O ninho foi derrubado e, pelos vistos, tudo se passa como se nada se tivesse passado. Mas não foi isso que aconteceu. Nem mesmo se, por algum acaso, decidirmos colectivamente fazer de conta que nada se passa, faremos que o problema desapareça. Não vai desaparecer.
Eu sei perfeitamente que se trata de uma micro-causa. Sei bem que há em Vendas Novas imensos problemas bem mais importantes e decisivos para o nosso futuro colectivo. Sei perfeitamente que seria mais bem aceite se, pura e simplesmente, desistíssemos de nos importar. Mas ainda assim, o tal problema de fundo não desaparecia.
Um ninho de cegonha é, pelas leis da República e por direito colectivo, um património da comunidade. Isso implica que os cidadãos e cidadãs desta terra se importem, se preocupem. A população é parte integrante deste processo, por respeitar a uma singela parte do património colectivo. Parte integrante, no sentido de que tem uma palavra a dizer, de que deve ser considerado. Ou, no mínimo, de que deve ser informado.
O que se passou agora com este ninho de cegonha foi exactamente o mesmo do caso dos enormes eucaliptos cortados num bairro da cidade, aqui há uns meses, apenas porque alguém achou que estavam ali a mais. Ao que parece, ninguém, ou quase, se preocupou. Agora, ao que também parece, novamente ninguém ou quase, se preocupou.
E foi também o mesmo dos vários ninhos de cegonha que, na área urbana de Vendas Novas, também foram delicadamente derrubados ao longo dosúltimos anos. Também sem que ninguém se importasse. Afinal, há leis ou não há leis que proíbem determinantemente estas coisas de acontecerem? E se há, devem ser respeitadas e fazerem-se respeitar, ou têm apenas mero carácter indicativo? É que se for isso, então estou enganado.
Hoje parece ser com uma causa insignificante, amanhã será com outra questão qualquer, um dia destes acordamos e descobrimos que já não nos importamos com nada. Que é tudo um faz-de-conta. Preocupem-se, se fazem favor.
Não estará na altura de nos preocuparmos?